Ontem. Hoje.
Ontem observei-te de perto. Só de perto dá para perceber a dimensão do quão majestoso és. O teu esplendor faz calar todas as vozes, até a do vento. És tão puro, tão cheio de segredos e mistérios que encantam, tens alma de pessoa, tens voz e tens coração. Deixas saudade, saudade essa que acorda as lágrimas outrora esquecidas, já secas. A tua serenidade é contagiante, é surpreendente como tens esse poder, és confidente, és conselheiro e és infinito.
Ontem observei-te com atenção, a tua solidão conforta-me, és autónomo e não tens regras.
A tua beleza é intacta e secreta, as palavras que não dizes são calmas e ordeiras, semeiam a esperança em mim, no meu ser desfeito, nos pedaços que restam.
Ontem senti-te e voltei a viver, relembrei o teu sabor, o quão suave és, acordas o sorriso dentro de mim, acordas a felicidade e as minhas memórias.
Tens um nome, as pessoas chamam-te Mar, mas no meu íntimo chamo-te de sonho. És sonho porque tens o poder de unir duas pessoas, de transmitir o amor que hoje já não existe. Espalhas magia.
Ontem estive contigo e propuseste-me uma vida nova. Aceitei-a… e a partir desse dia comecei a sorrir.